Prio Blues & Jazz Festival

 

Prio Blues & Jazz Festival dia 8 de junho 2024

Noite de sábado, 8 de junho de 2024 – uma concentração de expoentes musicais no Prio Blues & Jazz Festival que se faz ponto de encontro sob os projetores das instalações da sala de espetáculos localizada no Jockey Clube do Rio de Janeiro em duas apresentações distintas, lideradas por Nelson Faria e Paulinho Moska que definem uma jornada musical repleta de emoção, virtuosismo e conexão com o público.

A guitarra de Nelson Faria abre a noite com um cardápio musical repleto de sonoridades sob a performance dos renomados Márcio Bahia na bateria, Márcio Minister no piano e Ney Conceição no baixo. O espetáculo é abrilhantado com a participação especial de um dos maiores gaitistas do planeta – Maurício Einhorn, que acolhe a plateia com números consagrados do maestro Tom Jobim e de sua autoria.  A marca registrada de cada um dos instrumentistas é potencializada pelo semblante de cada um dos componentes do quarteto, como se estivessem performando seus instrumentos com a própria alma. Notável para poucos, a ousadia de Bahia ao lançar mão da pirâmide rítmica, como uma técnica de divisão de tempo na música atinge, não somente o público apreciador de apresentações instrumentais, mas em especial, os amantes das teorias e técnicas musicais.

Atração seguinte, Paulinho Moska acompanhado por uma banda de seletos músicos – Larissa Conforto na bateria, Lancaster no baixo, Miguel Bestard na guitarra e Tibi no teclado – sob a direção musical de Rodrigo Suricato, conduz o público numa viagem por entre diversos estilos e emoções.

O repertório, cuidadosamente selecionado, abraça desde as canções nostálgicas até as contemporâneas, proporcionando uma viagem através do tempo. "Nada Vai Mudar Isso", "Que Beleza, A Beleza", "Admito que Perdi", "A Seta e o Alvo", "Lágrimas de Diamantes" são exemplos de pérolas conduzidas pela maestria dos músicos no palco.

Dentre os momentos mais marcantes, destacam-se interpretações envolventes de clássicos como "Como Dois e Dois" de Roberto Carlos e "Blues do Ano 2000" de Cazuza, reinventados e revigorados sob a perspectiva única de Moska e de sua banda.

O bis, aguardado com ansiedade pelo público, culminou em uma experiência emocionante com a música "Um Móbile no Furacão", encerrando a noite com um toque de magia e saudade futura.

Mais do que apenas uma apresentação musical, o que realmente faz aquela noite abrilhantar, é a conexão genuína entre os artistas e o público – cada nota, cada acorde, cada palavra cantada e impregnada com energia que transcende o espaço físico e toca a alma de todos os presentes.

 

resenha: psales e msenna

foto: msenna

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