O Jogo da Morte
"O Jogo da Morte" tenta surfar na onda do terror ao explorar o já datado Desafio da Baleia Azul, num formato tão cansado quanto tenta parecer inovador – o "Screen Life".
Sob a direção de Anna Zaytseva, o filme se agarra desesperadamente aos eventos reais de crimes cibernéticos na Europa Oriental, numa tentativa duvidosa de chocar e entreter.
A previsível trama é protagonizada por Dana, interpretada por Anna Potebnya, que se lança numa jornada visando desvendar os mistérios por detrás da morte de sua irmã, levada ao espectador por meio de uma colagem de clichês, que se sobrepõe a qualquer tentativa de promover originalidade à narrativa. O formato definido como dinâmica de ação, através das telas de computadores e smartphones dos personagens, poderia até ser envolvente, não fosse pela evidente falta de espontaneidade da dramatização ao longo do longa.
Não obstante raríssimos momentos supostamente assustadores, o filme não consegue escapar dos tropeços de uma produção forçada e artificial. Timur Bekmambetov, experiente conhecido por seus trabalhos inovadores com essa pegada, apesar de sua participação como co-produtor, não consegue salvar "O Jogo da Morte" de seu destino medíocre.
Trocando em miúdos, o filme pode até cativar os aficionados por narrativas de tela pequena, mas para quem busca algo mais do que uma tentativa desajeitada de capitalizar um fenômeno da internet, lhe resta a sensação de perda de oportunidade por uma experiência cinematográfica que, assim como o jogo em que se baseia, deixa muito a desejar.
resenha: psales e msenna
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